Mas tenho muitas saudades do tempo em que não existiam “Shows Gospel” mas, sim, um culto onde algum irmão compartilhava suas canções de louvor a Deus e não se comportava como estrela soltando raios e gases.
Tenho muitas saudades do tempo em que “dar testemunho” era o mesmo que ser coerente com a fé que se professava ter, e não subir num púlpito e soltar um monte de histórias que vão desde “contos do vigário” até “um circo de horrores”.
Falando em púlpito, tenho saudades dos tempos em que o púlpito era o lugar onde os corações recebiam o alimento da Palavra de Deus e não um palco onde os que falam são palhaços, animadores de plateia e nunca, nunca pregadores do Evangelho que transforma corações, que confronta os pecadores.
Chamem-me de saudosista, quadrado ou do que quiserem, mas, não consigo levar a sério quem por perder o fio da meada enquanto fala, fica reproduzindo sons ridículos e para justificar os mesmos diz que é “língua dos anjos”, como se os anjos falassem algo tão estranho assim, pois, todas as vezes que eles vieram trazer alguma mensagem da parte de Deus, falaram de forma inteligível. O único anjo que trouxe palavras atrapalhadas levou Adão e Eva a condenarem toda a humanidade no pecado.
Tenho saudades dos tempos em que os pastores eram levados a sério por que eles eram sérios, não se envolviam em politicagem, não se davam a negociatas sórdidas, mas, sim, eram homens de oração e pregação. Quando abriam seus lábios, o povo guardava reverência não à pessoa deles, mas, à Palavra de Deus.
Tenho saudades de uma Igreja que não vivia no esquema de um mundo egoísta e materialista, e que, por isso mesmo, o Dia do Senhor era guardado com respeito e devoção. Não era dia lazer e muito menos fim de semana. Tenho saudades dos tempos em que ouvir alguém dizer isso essa pessoa não era taxada de “legalista” mas, de crente comprometido com o Reino.
E em meio a tantas saudades, luto aqui comigo mesmo para não me perder no tempo e não ser inócuo diante das mudanças a que passa constantemente a nossa geração, ou mesmo irrelevante tendo nas mãos e no coração a Palavra mais relevante dada aos homens: a Palavra de Deus.
Rev. Olivar Alves Pereira
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