Senhor, não agüento mais essa sequidão em minha alma.
Estou como uma terra seca, rachada pelo calor do sol, sedenta de uma chuva (Sl.63.1).
Meus olhos estão secos; há muito que não sei o que é chorar.
Sim, faz muito tempo que já não consigo mais chorar pelo pecado que cometi,
embora meu coração esteja esmagado pela tristeza.
Há muito também que não sei o que é chorar pela dor do meu irmão,
a quem estendo a mão e chamo de “irmão”. Meu Deus! O que está acontecendo?
Meus joelhos… Bem, meus joelhos já não se dobram mais como antes,
como quando no dia em que o Senhor abriu meus olhos
e mostrou-me Sua maravilhosa Graça em Cristo.
Ah! Não pude resistir! Oh, Graça irresistível!
Mas, hoje, meus joelhos estão duros,
endurecidos pela minha arrogância de querer vencer com minhas próprias forças.
O peso sobre meus ombros me impede de dobrar meus joelhos em Tua presença,
pois temo que ao dobrar meus joelhos, o peso que está sobre mim me esmague, me sufoque.
Teu óleo, Senhor! Teu óleo, ungindo meus olhos
devolvendo-lhes a capacidade de chorar pelo pecado cometido, pela dor do meu irmão.
Teu óleo em meus olhos, Senhor!
Teu óleo em meus joelhos, Senhor!
Teu óleo em meus joelhos, para que eu me quede em Tua presença,
e seja liberto do peso esmagador do pecado, para que eu num ato de rendição a Ti,
ó Soberano Deus, Te adore, Te louve, com o coração restaurado, renovado e fortalecido.
Teu óleo, Teu Espírito sobre mim, em mim, lembrando-me do que o Senhor me ensina,
guiando-me à toda verdade (Jo.16.13).
Teu óleo, Senhor, Teu bálsamo sobre as feridas da minha alma,
me renovará, me restaurará, me fará ter a esperança fortalecida,
a esperança de que o Senhor fará novo o que se envelheceu com o tempo (Ec.3.15).
Teu óleo, Senhor, sobre mim, é tudo o que eu preciso.
Por Jesus Cristo, Teu Filho. Amém!