Em 1Tm 5.24-25 lemos: “Os pecados de alguns homens são notórios e levam a juízo, ao passo que os de outros só mais tarde se manifestam. Da mesma sorte também as boas obras, antecipadamente, se evidenciam e, quando assim não seja, não podem ocultar-se”. O que Paulo está dizendo aqui é que tudo que estiver oculto haverá se ser revelado, mais cedo ou mais tarde. Tanto os pecados quanto as boas obras haverão de ser trazidas às claras.
Os pecados são ocultados o quanto se pode. O Senhor Jesus disse: “Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras” (Jo 3.20). A ideia de “luz” aqui aponta para ações que se tornam conhecidas de todos. O pecador obstinado procurará por todas as formas esconder seus pecados, pois, sabe que será reprovado. Mas, um dia os pecados serão trazidos à tona, quer nesta vida, quer no Dia do Juízo.
Quanto às boas obras aqui em 1Tm 5.25, Paulo não está contradizendo o Senhor Jesus em Mt 5.16, onde Ele nos ordena: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vossa Pai que está nos céus”. Essas obras aqui em Mt 5.16 devem ser mostradas, devem ser exibidas diante dos homens com o objetivo de leva-los a glorificarem a Deus. Mas, as boas obras as quais Paulo se refere aqui, são aquelas que fazemos ao nosso próximo, sobre as quais Cristo nos ordenou que não “tocássemos trombeta” (cf. Mt 6.1-4), isto é, nos vangloriássemos delas a fim de recebermos o louvor dos homens. O que Paulo está nos ensinando aqui é que tudo o que fazemos para a glória de Deus, ainda que ninguém mais veja o que estamos fazendo haverá de ser revelado, trazido às claras, e por Deus seremos recompensados tanto nesta vida quanto no Dia do Juízo.
As nossas obras, boas ou ruins, são sementes. Tudo o que plantarmos, colheremos. Medite em Gl 6.9, Hb 6.10 e Ap 14.13.
Rev. Olivar Alves Pereira